DOENÇAS | TÉTANO

O Tétano é uma doença que se caracteriza por duas manifestações básicas: hipertonia (localizada ou generalizada) e espasmos musculares intensos. É causado pela neurotoxina produzida por uma bactéria anaeróbica chamada Clostridium tetani. O início da doença é gradual, sendo o período de incubação variável, de 1 a 14 dias. O diagnóstico é sugerido pela presença de contraturas musculares permanentes, que podem ser exacerbadas por espasmos generalizados intensos, que são desencadeados por qualquer estímulo externo (luminosos, sonoros, táteis, etc.) ou somáticos (tosse, espirros, distensão gasosa de alças intestinais, retenção urinária, etc.). No tétano grave podem ocorrer convulsões, sudorese, febre, oscilações pressóricas, taquicardia, choque, etc.

O tétano neonatal origina-se da contaminação do coto umbilical. Geralmente os primeiros sintomas surgem ao final da primeira semana de vida, observa-se dificuldade em sugar, seguindo-se rapidamente pela instalação de hipertonia muscular e espasmos paroxísticos. O tétano neonatal representa uma das causas mais comuns de morte neonatal, nos países em desenvolvimento. O tétano ocorre no mundo inteiro, sendo mais frequente nos climas e nos meses mais quentes, em parte devido à freqüência de feridas contaminadas.

O tratamento consiste em medidas específicas, que incluem: soroterapia, cuidados locais com o foco suspeito, e antibioticoterapia, além de cuidados gerais de enfermagem e fisioterapia. A profilaxia deve ser feita através da imunização ativa com toxóide tetânico, que está indicado para todas as pessoas. As crianças devem ser vacinadas a partir de 2 meses de vida com a vacina tríplice, que contem toxóide tetânico e diftérico combinados. A prevenção do tétano neonatal é feita com a vacinação da gestante a partir do quinto mês de gestação, quando esta não se encontra imunizada adequadamente.

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